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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANTÔNIO WALDECI ALVES
( BRASIL - CEARÁ )


Antonio Waldeci Alves nasceu em 20.12.1962 na cidade de Hidrolândia, interior do Ceará.
Tinha apenas seis anos de idade quando muda-se com a família para Planaltina - DF, 1981, matricula-se no CEUB, onde fez curso de Letras. Durante a realização do curso, sua vocação de escritor começa a assomar: participa da elaboração de jornais de estudantes de Letras, entra em contato com diversos escritores em seminários, congressos, etc.: lê bastante, sobretudo os poetas de sua preferência. Escreve, então seus primeiros poemas.
Atualmente, divide sua vida entre o magistério e a literatura.
É professor de Língua Portuguesa do Colégio Militar de Brasília e do Centro Interscolar 01 de Planaltina, alé de dirigir uma escola rural de Planaltina.
Possui dois livros inéditos de poemas, vários contos, crônicas e esboços de romances.  Mesmo em prosa, é um poeta nato. Sua poesia é sensível: sonha e brota da realidade que o cerca. No seu modo de pensar, “a realidade é sempre uma perspectiva de sonho.” Extremamente preocupado com a s “angústia de viver”, com a violência, com as guerras, com a fome, com a doença, Antonio Waldeci retrata o homem como ele é: eternamente contraditório, eternamente inconformado.
Os poetas simbolistas, notadamente Cruz e Souza e Alphonsus de Guimarães, muito o influenciam. Tem muito de Fernando Pessoas e um certo rastro  de Carlos Drummond de Andrade. Mas é em Cecília Meireles que o poeta captou a sua, vamos dizer, identidade lírica.
Quanto à prosa, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Lígia Fagundes Teles e Clarice Lispector são alguns dos seus mestres.
Antonio Waldeci descobriu que a literatura é como o oxigênio para a sua vida. Por isso pretende, dentro de pouco, dedicar boa parte de seu tempo para escrever, para trilhar com arte os “caminhos do real e/ou do imaginário.”

 

CONTOS E POEMAS. PRÊMIO SINPRO - DF 1985.  Brasília, DF: Sindicato dos Professores  no Distrito Federal SIMPRO.  Brasília, DF: SINPR0 - DF/ THESAURUS, 1985.  189 p.   No. 09 818
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

 

CANÇÃO DA GENTE SECA E DA GENTE INUNDADA

Lá fora
conversam as águas com as sombras,
resvalantes ruínas de agora.

E a voz do céu é bem rouca
e sua língua sé lâmina louca.

Sua língua
é lâmina louca,
e eu gostaria tanto de provar de sua boca!

— Mas na minha esta boa míngua!

A voz do céu é bem rouca
encosto os ouvidos, escuto
ouço mulheres sombras de luto
famílias, casas levadas à louca.

Mas tanto eu gostaria de provar dessa boca!,
assim líquida, abundante, escorrida, frienta
boca benfazeja )verde!), (pó!) língua avarenta...

... e há verde e pó nesta boca
para uns serena, para outros louca.

Lá fora,
conversam as águas com as sombras,
resvalantes sonhos de agora,

súbito despertados sob voz tão rouca
súbito acariciados por língua suada e louca.

Famílias, bois mortos, bonecas de trança
tudo flutua.
Toda a melodia que há nesta boca atua:
águas turvas, velocidade densa. Densa dança.

Neste tempo,
vendo famílias, bois mortos, bonecas de milho
tudo em pó.

tanto eu gostaria de provar desta boca!
tanto gostaria de sentir na língua esta
voz tão rouca!

Mas esta língua
no meu suspiro de dor
vem bem perto e já míngua...

... e o meu sonho, de verde mar, não sei
onde por!...


*
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Página publicada em julho de 2025.


 

 

 
 
 
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